terça-feira, 5 de maio de 2009

Propostas para a JP-Madeira: Educação

Uma das grandes preocupações da juventude Popular da Madeira é a Educação e a grande taxa de Abandono Escolar. Através de alguns contactos com estudantes e alguns professores enumeramos algumas das causas que contribuem para esse abandono:

- O sistema Educativo Português não faz diferenciação em termos Programáticos. Quero com isto dizer que um aluno que pretende ser por exemplo Operário e outro que deseje ir para a Universidade têm que se sujeitar ao mesmo tipo de ensino (Programas e Conteúdos). Daí a ideia que os alunos não se identificam com o actual sistema de ensino.


- Escola Tradicional não vai ao encontro dos alunos mas também da sua (des)motivação.
Exemplo real: alunos de escolas rurais que ao escolherem agrupamentos diferentes daqueles que teriam na sua escola ao fazerem, mudando de escola, perdem os apoios nomeadamente nos passes sociais em que o estudante assume a despesa na totalidade.


- A Acção social não é justa na atribuição dos Apoios.

- Não há resposta rápida às necessidades dos jovens e das suas famílias.

- A Escola Tradicional não prepara os jovens para uma entrada imediata no mercado de trabalho e, o que isto quer dizer é que não desenvolvem as competências necessárias, o saber estar, o saber ser, por isso verifica-se nos jovens estudantes uma carência de estímulos a nível familiar, escolar e até social. Falta de objectivos, metas, por vezes chegam ao ponto de pensar que tudo se adquire com facilidade.


- Elevada carga horária (depois os alunos têm que ir para casa estudar não restando tempo para actividades recreativas)

- Alterações culturais que levam à violência escolar como por exemplo, a perda da autoridade do professor dentro da sala de aula, devido à massificação da Educação que leva o aluno a desconhecer a existência de hierarquia. O aluno pensa que a relação com o professor é de igual para igual.

Esta é uma reflexão menos boa da actualidade na Educação que não é completa, muito ainda se poderia dizer por exemplo desta solução de aumentar a escolaridade obrigatória para o 12º Ano, pois é errada atendendo a que existem, ainda, muitos problemas programáticos por corrigir quando a obrigatoriedade é o 9º Ano. Com esta solução só vai agravar-se a situação porque não estão a ser corrigido os problemas de raiz;


A JP-M querendo fazer parte da solução apresenta algumas propostas de orientação:

- Mudança nos Programas e nos Conteúdos adequando-os à realidade de cada região e ou distrito.

- Criação efectiva e complementar de áreas interdisciplinares na parte recreativa, na Música, no Teatro, no desporto reflectindo nos jovens o gosto por essas disciplinas.

- Diversificar os métodos de aprendizagem a exemplo dos Cursos Técnicos Profissionais.

- A verdadeira aprendizagem é nas oficinas, nas empresas e por isso tem de ser promovida essa inter-relação.

- Uma Acção Social mais justa na atribuição dos apoios e rapidez na resposta de novos casos de dificuldades de alunos e famílias.

- A JP-M defende que o estudante deve ter a possibilidade de escolher o agrupamento e a escola que quer seguir.

- Incentivar o voluntariado em diversas instituições existentes na RAM. Funcionaria como um aspecto positivo para a formação da identidade do jovem.

- Interactividade entre os nossos olímpicos de todas as modalidades com as escolas para as dar a conhecer e fomentar o interesse dos jovens por essas mesmas modalidades.

- No nosso entender deveria haver um reajuste nas disciplinas a leccionar e por consequente diminuição da carga horária.(mais espaço para o recreativo)

- Rever e fiscalizar o estatuto do trabalhador estudante.

- Criação de um Observatório para a violência escolar.

Para fechar e reforçar a orientação da JP-M na Educação, gostaria de transcrever um verso traduzido do autor “CONFÚCIO” e que sugere as linhas de orientação que a Educação deveria seguir:

Eu ouço e Eu esqueço
Eu vejo e Eu recordo
Eu faço e Eu Compreendo


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